quinta-feira, 16 de julho de 2009

SEM PALAVRAS PARA DESCREVER

...fazia tempo...e que tempo...

Deixei de me sentir pressionado pela escrita neste espaço, quero com isto dizer que, hoje, não queria escrever, até porque pouco mais há a dizer (deixa lá de te contradizer Tiago, se não quisesses escrever não estavas agora aqui!)...blá, blá, blá...

Enfim - até estou gago e sem saber por onde começar - sem querer colocar disponível a errância da minha privacidade, mas subentendendo que o que aqui vou transcrever, por palavras, faz parte da minha viagem, não posso por isso, em meu entender, deixar de o referir. Trata-se apenas de um pouco daquilo que considerei um dos momentos mais marcantes neste percurso sinuoso, mas único, de 3 meses e 10 dias de viagens (não querendo parecer redutor, houve muitos outros!).

Como o sol, também os seus cabelos brilhavam.

Tavira, apesar de uma terra portuguesa, na região mais visitada pelos portugueses e estrangeiros na época de verão, região fustigada por uma imensa enchente no período do calor e esquecida durante o inverno, o outono e a primavera, deve ter alguma coisa de especial - como dizia o Cedric da Pousada da Juventude de Tavira.

Conto-vos a história das minhas últimas duas noites em Tavira (de 14 para 15 de Julho e de 15 para 16 de Julho de 2009).

Já tinha dado conta de que o sol havia entrado pela porta, passado pelo átrio e deambulado pelos corredores da Pousada. Contudo, há coisas para as quais sou hesitante, ou seja, tímido. Não tendo nascido programado com uma parte importante daquilo que é o trilhar terrenos para além de mim...não foi preciso, de forma espontânea, Tavira chamou-me e as coisas sucederam-se.

De um inglês norte americano, de uma simplicidade e cativação únicas, de uma ressaca de casos atrás de casos pouco e muito mal sucedidos - admito - tudo me correu bem. Eu estava na cozinha de alberguista sozinho, a conversa acabou por fluir, eu tinha a tenda, tudo parecia, mesmo sendo sem querer ou sem ter sofrido qualquer delapidação prévia, estar a encaminhar-se e a percorrer de forma perfeita os contornos sinuosos, mas primoroso das suas curvas...foi a minha última e óptima companhia.

Tenho de agradecer eufemisticamente à cozinha de alberguista de uma pousada da juventude portuguesa, à minha programação que naquela noite estava lá, à minha tenda, ao parque de campismo da ilha de Tavira, ao barco que serve como meio de transporte, ao oceano atlântico, ao Rio Gilão, à noite de Tavira, às estrelas, à lua...e à...

...luz do sol emanada pelos seus cabelos. Aqui lhe presto a minha homenagem.


(Chega de eufemismos...)

Enjoy your Trip Emily
Tiago Maria d'Aubigné

2 comentários:

Anónimo disse...

Boas Tiago!! Aqui fala o doido pela Ilha de Tavira, que sempre dirá: "Pede, e a Ilha de Tavira concede!".
Acho que com tal frase, deverás chegar a saber quem eu sou rofl.
Só uma coisita que reparei... "O" americano de quem tu falas, deveria ser tratado em termos femininos... pois ela pareceu-me boa "rapariga" :p.
Fica bem, e muito agradecido por me tornares famoso!

Aubigné disse...

Boas rapaz,

É claro que sei quem és! Como poderia não saber?

Sou obrigado a desmistificar esse pequeno mal entendido (a que o Vicente já me tinha chamado a atenção e por alguma razão não mudei o texto!).

Passo a explicar: quando me refiro "de um inglês norte americano" não me refiro ao sexo ou ao género, mas à língua inglesa, que tem vários sotaques por esse mundo fora, de entre os muitos países que o falam.

Como poderás também perceber escrevo sempre recorrendo ao eufemismo, logo no final despeço-me da Emily, parece-me que Emily não é nome do género a que vocês subentendem referir-se esse trecho do texto.

E por fim a Emily, sem sombra de dúvidas, era uma rapariga muito simpática e querida, muito mesmo...o sol dos meus dois últimos dias por Tavira..."sem palavras para descrever".

Fica o abraço e a vontade de continuar disponível para, se surgir, trabalhar convosco aí em baixo.

Grande Abraço
TMA