sábado, 31 de outubro de 2009

A PERGUNTA QUE SE IMPÕE

O que anda a fazer este homem?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"ENGODO"

Não queria que passasse de hoje sem escrever, mas já venho tarde, o hoje já passou a ontem.

Têm sido assim os últimos tempos...mas, ainda assim, já no amanhã, depois do hoje, sentei-me, como já fiz muitas vezes, em frente à máquina, e decidi escrever, mais do que escrever, vim aqui para desabafar.

Em viagens só tenho pensado e pelo que me vem ocorrendo ainda não quero dar novidades.

Por isso, dediquei-me à divagação, ao "engodo" literário, à letra que agarrada a outra forma a palavra e que, por sua vez, essas palavras unidas resultam numa frase e a força do conjunto desemboca num texto...

Mas como começar? Já começaste Tiago. Comecei sem querer, mas comecei, sem escrever sobre o que potenciei no assunto. Talvez seja isso que quero, talvez seja sobre isso que quero escrever, fugir à condição ou hipótese de partida.

Organiza-te! E comecei a pensar que depois de tanto escrever havia definitivamente condicionamento imaginativo. Pensei parar, apagar, carregar no ícone em formato de lixo e mandar bugiar o texto, mas evitei porque queria escrever...

...e...

Comecei a tentar focalizar-me, agarrar um ponto que suscitasse uma discussão interna, que levantasse uma celeuma, tudo cá dentro. Claro! Eis que percebi que já muitas vezes falei de liberdade, por esta ou aquela razão, associado às viagens ou não.

Hoje, como depois de escrever todos estes parágrafos, percebi que não somos livres, mesmo pensando que o somos, ou seja, na realidade estamos, isso sim, permanentemente condicionados, desde o que nos ensinam na escola, ás casas em que vivemos, aos elevadores em que nos fechamos, dentro de quatro paredes, sejam lá elas do que forem feitas, vivemos toda uma vida, enjaulados, mas achando-nos livres, e o trabalho onde há regras que se têm de cumprir, e os compromissos sociais, e os contratos com tudo e todos, e, e, e...não pararia hoje...mas afinal, onde está essa liberdade?

Assim, hoje, como depois de escrever, sem ter assunto, tentando ser livre nas palavras que uso, não o sendo, porque não posso sê-lo (porque fui condicionado), percebi que, só fui, como só somos livres uma única vez nas nossas vidas. Quando nascemos. Nesse momento não há condições, privações, prisões, tudo o que queremos, se realmente quisermos abrir os nossos olhos para enfrentar este mundo, depois da falta de ar, que muitas vezes teremos nas nossa vidas, para bem dos momentos marcantes que hão-de vir, queremos e só queremos dar a primeira inspiração e logo de seguida a primeira expiração (depois até deste movimento nos tornamos dependentes). Tudo o que queremos, nesse momento é! Sermos livres.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O ÚLTIMO...

Não consigo explicar o fenómeno nem a forma como o sinto, mas gosto de me despedir ou, pelo menos, dar a sensação de que está quase a chegar o fim. Contudo, agora não passa por sentir ou por gostar de dar a sensação, agora, trata-se da realidade que se afigura.

Um adeus surge assim, se tal me é permitido dizer, como um mal menor, e isso leva-me mais longe, reporta-me para uma despedida, um último suspiro daquilo que é ou foi uma relação, não entre dois seres humanos, mas entre seres humanos, daquilo que foi ou é uma passagem, num mundo de relações humanas e passagens, muitas vezes, despercebidas, num mundo de pouca comunicação e muita televisão. Pode muitas vezes ser a última vez, por isso, mais vale dizê-lo, nem que se diga mais do que uma vez, mesmo que esta não seja a última e que, com este/esse adeus, se fale p’lo e com o coração.

Admito – escrevo muito a palavra admito - e ainda não consegui admitir o que quer que fosse!

…atingir aquilo que para mim é o “ideal” de “viajante” ou, pelo menos, aquele que gostava ou ambicionava ser (desculpem a imodéstia de querer “ser algo” tão desmedido e que sei inatingível, talvez a arrogância de querer ser aquilo que muitos já o são, hoje, me faça estar cada vez mais longe de o ser…), pelo menos, não o consegui até ao momento e parece-me difícil conseguir. Mas posso tentar, ou não?

“Pegar em mim” e partir, seja qual for o meio, partir para Ser e, com isto, simplesmente partir sem nada marcado, sem horas para ver o sol nascer ou pôr-se, sem sentir qualquer condicionamento pelo factor dinheiro, sem sentir a pressão de procurar emprego, sem sentir a monotonia “reparadora” das vidas que levamos e, em compensação, sentir – diria: em exclusividade – a sensação de ser livre, sentir o torpor de um compromisso insensato, de deambular, de percorrer os espaços como se não houvesse outro significado que não a liberdade de andar.

Mais uma vez. É tempo de fazer as malas e rumar a casa, ir ter com aquilo que me é conhecido, com aqueles que falam a mesma “língua”, que partilham dos mesmos gestos, que divergem em tudo de mim – constato: paradoxal, não é, mas é… – mas são eles que, por momentos, por vezes, vastos, não me vêem e sentem a minha ausência – pergunto-me se será que sentem?

Tenho, ainda que, desta forma, a veleidade de vos dizer que gostava que tudo mudasse, que a minha decisão os meus passos invertessem este sentido, o rumo das coisas – alterassem o regresso a casa. Será! E se eu saísse…

…seria o viajante que penso querer ser?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

POST 300 - 54 DIAS EM 5'40"



Longa e prolongada ausência, hem?! Eis a razão. Queria que o post 300 fosse o post que resultasse na publicação do vídeo que resume o percurso que realizei por Portugal e que, por coincidência ou não, fosse publicado no dia 1 de Outubro, que cheirasse a novo, embora retrate o passado, e que enfatizasse uma quase saída, em grande, mesmo que vocês já não estejam todos aí!

Este servirá também para reforçar os agradecimentos, agora, finais e especiais:

À Mãe.

À família, amigos, todas as corporações de bombeiros que me acolheram, todas as casas paroquiais que me receberam e para todas aquelas pessoas que, só pelo facto de se encontrarem naquele momento, por coincidência, no local onde pedalando me encontrava, tornaram a viagem em qualquer coisa de fascinante.

Em particular e de forma especial agradeço ao tio Fernando, tio Rogério, João Carvalho, Raquel Silva, Patrícia Lopes, Nuno Pragana, André, Carlos Monteiro e Emília, Rita Sequeira e Hugo Jorge, Tee, Ana (de Sesimbra), Ana Domingues por terem estado sempre comigo e me acompanhado. Agradeço, ainda, à Multipessoal, à Specialized Portugal, à Without Stress e à Bike Ibéria por me terem patrocinado e ajudado. (texto originalmente escrito!)

E agradeço a todos vocês, leitores e seguidores deste blog, por terem estado sempre aí, obrigado a todos.

Queria, ainda, salientar que o vídeo permanecerá durante, sensivelmente, uma semana sem que seja publicado outro post, para que possa merecer a vossa completa apreciação, sendo o próximo post - o último relativo a esta viagem - tendo sido escrito há uns bons meses atrás e imaginado na altura como o post final. Depois dessa publicação tudo o que escreverei será relativo ao que virá, seja lá isso o que for, querendo quebrar um pouco, fazer um corte, com este percurso que já foi realizado e que, por isso mesmo, passou.

Quanto ao novo blog tenho a dizer-vos, nem sempre as coisas correm como desejamos e, por isso, ainda não tenho novidades a não ser que o meu amigo Carlos irá, de novo, ajudar a criar o banner e, acreditem, rogo-lhe a paciência para me aturar com este assunto. Mais informação sobre o novo blog será publicada depois do último post.

Espero que, mesmo mudando de blog me continuem a acompanhar, para vocês fica este vídeo o tempo, esforço e empenho dedicado ao mesmo.

Grande Beijinho a todas,

Grande Abraço a todos,

Tiago Maria d’Aubigné