sexta-feira, 18 de setembro de 2009

RECORDAÇÕES

Fazer um vídeo que resuma a nossa viagem, faz-nos, necessariamente, revivê-la. O mesmo é dizer que, a cada frame que se trabalha, associamos um momento, pensamos naquilo que foi, naquilo que se viveu, pensamos nos momentos melhores e nos menos bem passados - enfim, é/foi a nossa viagem, assim como são todas as viagens.

Apontamento pessoal: houve uma coisa que sempre me fascinou, não sei se já repararam, quando se faz uma homenagem a alguém que esteja ligado aos meios de comunicação social, ou alguém cujo o nome seja de valor acrescentado (desculpem a associação ao IVA, mas acho absurdo considerar-se alguns melhores que outros - somos todos seres humanos - no fundo, o país, assim como o mundo, a humanidade e o universo é constituído por um conjunto de pessoas/coisas que funcionam como elos e são esse elos que, interligados, fazem a máquina mover-se, desta feita, todos, mas todos, somos importantes...) - voltando à terra! - nessas películas passa-se muitas vezes em retrospectiva aquilo que foi ou é a sua vida...

Para mim, fazer este vídeo não é mais do que reviver - e que prazer revivê-lo - para vocês poderá ter pouco impacto, ser massudo, cansativo e só mais um, para mim é o culminar de dias a trabalhar, a olhar para este ecrã e ver o resultado final, aquele que, apesar do meu amadorismo, me foi possível.

Foi feito por mim, mas não para mim e, sim, para vocês todos, e quando escrevo todos, é porque é mesmo para vocês todos.

A vocês obrigado por me fazerem reviver esta viagem magnífica, num país magnífico - Portugal.

Por reconhecer a vossa presença deixarei, dentro de dias, esta recordação.

obs: o vídeo está a ser montado, assim que estiver pronto será lançado e disponibilizado.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

MONOTONIA FUTURA

Tinha acabado a minha ida ao sul do nosso pequeno país e começara a fazer novas leituras, uma dessas resultou nesta publicação.

(“…grau de monotonia da minha vida futura…”, frase de William Sutcliffe, no seu livro “A viagem da minha vida: De Mochila ás Costas pela Índia”, era a epígrafe que se pretendia título deste post, mas por razões de “logística" e de palavras, resumi para "Monotonia Futura". Assim sendo, veremos sobre o que esta versará.)

Será que ainda sei escrever (se é que alguma vez soube)? Que consigo ser pouco confuso (duvido)? Que consigo escrever um texto sem referir a palavra viajar e sem subentender o tema (pimba, já quebrei a regra, porque já escrevi!)?

Há algum tempo que tento perceber várias coisas (todos tentamos!): a razão que me leva a não olhar a meios, a não pensar no desperdício do que fica, a permanecer desencontrado e, até hoje, continuo, a não conseguir dar uma resposta sensata a estas e a muitas outras questões.

Estará aqui inerente uma razão associada, será a fuga de tudo, um amor mal esquecido, uma vontade de desresponsabilização de tudo, uma frustração permanente? Tudo são questões plausíveis, mas…qual aquela que, verdadeiramente, responde a todas estas indagações?

Não há! Lamento desiludir-vos.

Talvez o (ou não) grau de monotonia da minha vida futura?

Enfim, quando olho para ontem, na minha, ainda, pequena passagem por esta arena, sinto que não vivi o suficiente, ou que aquilo que vivi não corresponde àquilo que idealizei e, talvez, por isso, pretenda quebrar toda e qualquer semelhança com monotonia passada, mas latente, incipiente, duradoura no tempo, logo, quando nela penso, não hesito. Quando olho para hoje, penso vivê-la ao máximo – Carpe Diem é a expressão! Será?– ou devo parar para reflectir sobre o que mudar em mim. E quanto ao futuro? Esse, não o consigo perspectivar, só o consigo imaginar ofuscado, junto, com filhos, família e responsabilidades profissionais, por outro lado imagino-o solitário, solteiro, sem grandes responsabilidades (apenas uma e enorme!), como vem sendo habitual. Concretizando, uma "faca de dois gumes"!

Qual será o rumo? Seguirei o caminho da monotonia? Ou...?

Talvez na Índia possa estar a resposta que procuro!

Tenho, contudo, que vos confessar que me assusta sentir que a minha vida possa tornar-se monótona no futuro, mas quem sabe?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

BICHINHO "RESPONSÁVEL"

Faz algum tempo tomei uma decisão, viajar e viajar até não poder mais, mal sabia que, ao tomar essa decisão, tinha feito nascer um "bichinho" dentro de mim que me empurra e empurra permanentemente para uma próxima, aventura, claro está, posso até parecer um pouco "alienado" a este tema/facto, mas não sou, nem estou, ou pelo menos não me sinto como tal, muito menos, me sinto como um nómada, na real acepção do termo.

Mas tenho de admitir que viajar mudou-me, fez-me crescer e tornou-me uma pessoa mais interessante, para mim próprio...

E quero ir mais longe, fazer algo épico, que me mude por dentro pelas aprendizagens adquiridas enquanto calcorreio aquilo que me apetecer calcorrear, seja lá o que for que entendo por épico (épico só conheço o escrito, de 1102 cantos, de Luís Vaz de Camões - "Os Lusíadas", terminado no século XVI), mas que me mude, também, por fora, nem que seja pelos anos que passe em "peregrinação".

Todas esta palavras para chegar aqui, quando criei este projecto/blog, começava a desenhar-se na minha cabeça a possibilidade de ir mais além, provavelmente conhecer o mundo e não dar uma simples volta ao mundo, ou conhecer, simplesmente, 25 países e regressar, gostava de conhecer mais países e seguir, seguir e não regressar, até me fartar.

Contudo, ao reflectir melhor sobre o assunto, fui percebendo que, desejando afastar-me das responsabilidades do dia-a-dia, das despesas que todos temos, entre muitas outras coisas que temos em comum, para poder prosseguir este objectivo, deparava-me com uma realidade de responsabilidade muito elevada - a de viajar, a de delegar e deixar tudo, exige, ao contrário do que se possa parecer, muita.

Começava a fazer um "brainstorming" de, mim para mim, e a olhar para os mapas e geografias do mundo (de forma apaixonada), e só me vinham à cabeça, vistos, fronteiras, dinheiro e "souvenires" para pagar a subversão que lhes está afecto, países com situações sociais e económicas prestes a rebentar, países onde o rapto é uma realidade, zonas recônditas, desertos, zonas áridas e geladas, etc. Não, isto não me preocupa, nem - se querem que seja sincero, me assusta assim tanto - porque se partir (e quanto a esta decisão deixo para mais adiante o levantar do pano!), tudo seria, sempre, parte da aventura, mas, pensando eu, que o mundo é mais bonito e menos perigoso do que aquilo que o pintam, tenho de admitir e vocês também que este é um "bichinho" que não deixa de implicar muita responsabilidade.

Será que vou voltar a partir?

ps-último texto que publico e que fora escrito enquanto o computador esteve ausente.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

2ª PUBLICAÇÃO - FUGAZ O TEMPO QUE PASSA

Sem nada a ver com a publicação anterior e escrita algures nas semanas sem computador, eis-me a ver o espelho que reflecte uma imagem semelhante à minha, logo, a divagar:

Aos 27 anos, quase 28. Bem sei, trata-se de uma informação, profundamente desinteressante para vocês, mas servirá de ponto de partida para o que se segue.

Perguntam-se então: Para quê tal introdução? Tais dados?

Deixem-me começar pelo o princípio, isto é, por explicar que parto de um pressuposto - de que não sou imaturo no cômputo geral - mas diria que aqui e ali, sobre este tema, tenho algumas lacunas.

Porque o digo? Porque o escrevo? (não sei! Mas...)

Vamos ao conteúdo (haverá conteúdo num texto que começa assim?), apesar dos quase 27 anos que passaram, ou que estão quase a acabar, contínuo de acne na cara, nas costas, a ver filmes e a sonhar em ser o herói da trama, identifico-me com várias coisas que dizem respeito a um jovem - adulto, claro está (piada inocente, exigência da minha mente, colocar algo que me faça parecer evoluído em conceitos. Para quê?) - enfim, ainda sinto, que a força fugaz dos anos que passam, me fazem sentir dentro da curva normal, aquela que cresce até aos nossos 25 anos. Mas eu tenho 27?

Contudo, sou um "jovem adulto" (terminologia, fruto de uma época, a que vivemos!), de 27 anos mas que, quando caio, as dores se tornam intensas, as costas ficam feitas num "oito", os "bicos de papagaio" (para mostrar que a conversa dos conceitos, no parágrafo anterior, não passava de informação para encher!), sim esses a que os nossos avós tanta vez fazem menção, já fazem questão de dar aso à sua presença, os músculos abdominais deram lugar a uns elementos estranhos, mais rugosos, os peitorais começam a passar, facilmente, por um nº 30 de uma senhora e os mamilos, esses, ficaram embrulhados num emaranhado de pelos idênticos a um tampão de uma jante de carro, velho, cujo principal objectivo é tapar algo que, por si só, já é bastante feio, nasceram-me sinais na cara e no corpo, tornando-o numa estrada sem sentido, os dedos dos pés começam a perder a beleza, sem nunca usar óculos confrontei-me com uma miopia recente e muitas mais mudanças, certamente virão, assim espero, será bom sinal, sinal que estou vivo.

A beleza, aquela beleza (se é que alguma vez foi belo!), do meu corpo de 18 ou 20 anos está a esbater-se, mas contínuo com imensa vontade, com "ganas" de viver, até quando?

(Fugindo, um pouco, ao assunto, para permanecer nele...), admito - repúdio veementemente, os filmes de terror e, talvez por isso, só veja, filmes de comédia, romântica ou não, isto, dito assim, só vem provar a minha imaturidade parcial, mais ainda, quando vejo filmes de comédia em que gostaria de personificar o herói principal, como já havia referido, mesmo que ele volte a viver os seus 17 anos, fora do seu tempo, isto é, noutro tempo, o de hoje. Confuso? Esperem para ler até ao fim! E vão ver o que é confusão.

E o que tem isto a ver com viagens? Eu - diria - nada! Mas, viajar contribui, em muito, para o crescimento individual, sair do nosso "normal" nível de conforto, quebrando a regra, faz-nos crescer, mesmo que não seja a todos os títulos, nalguns permanecemos, certamente, imaturos.

Enfim, não me aflige a imaturidade até porque - confesso - nunca fiz nada para a contrariar, à semelhança de, nunca, nada ter feito para que o meu corpo fosse mais belo do que aquilo que ele é por natureza, mas que por natureza possa ser feio. Não é isso que está em causa, quando o tempo nos parece fugaz e passa, mas antes o facto de nos ser dada a presença de espírito para discernirmos se o que fazemos em dado momento, em dada altura corresponde àquilo que o tempo, a envolvente e o corpo, o permitem.

...posso apenas dizer, se se quer perfeito, não contém comigo, adoro a minha imperfeição, mas - repito e admito - não sou imaturo no cômputo geral, mas imaturo parcialmente.

domingo, 6 de setembro de 2009

DUAS PUBLICAÇÕES "HOJE"

"Hoje" (entre aspas, porque só devo publicar o segundo texto na madrugada de amanhã!), era para ter começado por escrever o texto que já tenho esboçado, mas não, vou optar por escrever dois textos...porquê?

Porque, antes de mais, tenho de vos agradecer, isto é, é um regozijo enorme saber que vocês estão aí, que o Pragana, a Rita, a Lili, a Eliana o Hernâni, algures no meio deste mundo de comunicações virtuais, me lêem e contribuem para que de onze mil e qualquer coisa tenha passado para as doze mil visualizações desde a última publicação, mesmo escrevendo mal e já não tendo o blog nada a ver com uma viagem de bicicleta que terminou dia 29 de Maio de 2009.

A vocês, porque é para vocês, e todos os outros que me acompanham, que escrevo - OBRIGADO! Fico comovido com o gesto.

Menos bom é anunciar que o novo blog vai surgir um pouco mais tarde do que aquilo que tinha perspectivado, não só por não ter tido computador durante um mês, mas porque por enquanto não tenho quem me desenhe em "PhotoShop" o novo conceito/imagem. E o vídeo? perguntam. O vídeo não foi esquecido, mas sem computador foi difícil, por isso está atrasado. E o último post? Esse está guardado desde que terminei a volta de comboio pelo sul de Portugal.

Coisas boas há? Há! Começaram a surgir, ainda pequeninas, lá longe, distantes, com cheiro a novo, novas ideias para uma nova viagem que se pretende épica! Não adiantarei mais até ter o projecto criado.

B&A
Obrigado
TMA

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

NESTES DIAS

Estou de volta...vou escrever aqui alguns textos que fui esboçando no decurso desta paragem, culminando com algumas novidades, espero.

E vocês estão aí?

Nestes dias que passei sem computador não me deixei de escrever. Escrevi e até escrevi coisas a mais, coisas que não faria sentido publicar aqui, não por serem intimas ou "pornográficas", simplesmente não lhes reconheço qualquer interesse.

Contudo, não há regra sem excepção, e...

Conto-vos um hábito rebuscado que tenho quando estou algum tempo sem ver uma pessoa conhecida/amiga, mesmo quando esse tempo que considero "algum tempo" sejam apenas semanas. Por hábito, pergunto se já casou ou se já tem filhos (caso já seja casado).

A razão desta questão, em parte, absurda, deve-se ao facto de a vida mudar a cada segundo que passa, a cada expiração ou inspiração que o nosso coração e diafragma nos permitem fazer, por esta razão recorro a esta questão como mote de conversa.

Mas posso constatar que por passar algum tempo sem falar com alguém muitas coisas podem, realmente, mudar:
-Um novo amor;
-Um novo negócio;
-Uma nova viagem;
-Uma nova cor de cabelo;
-Um simples e novo acontecimento que pode mudar tudo;
-Sei lá! Tanta coisa pode mudar...

Neste dias que passaram, dias em que não escrevi, deveriam ser vocês a perguntar-me se já casei.

Muita coisa mudou desde a última vez que aqui escrevi.

Mas não, ainda, não casei.