quarta-feira, 25 de março de 2009

AINDA DEMASIADO PRESO

Hoje acordei e pensei - levanta-te Tiago é hora de lavares os dentes, tomares o banho, vestires o fato de tons cinzentos ou azuis, colocar aquela gravata, o sapatinho e de seguires para mais um dia de trabalho.

Só então realizei que a chave daquele Smart, que me fazia as delícias e que não está mais estacionado lá em baixo, não estão mais na minha cabeceira, assim como o telemóvel que me permitia fazer chamadas sem pagar, os cartões disto e daquilo não fazem mais parte dos meus adereços a colocar no bolso para sair de casa...será isto bom?

É incrível como já distante, solto e livre ainda continuarei demasiado preso a um espaço que, nunca tendo sido meu e onde havia dias em que adorava e outros em que odiava estar, por tudo, mas especialmente pela responsabilidade de, com ele, poder ter o que posso/podia fazer amanhã - claramente, diga-se o que se disser, prevalece sobre o género humano uma especial atenção sobre o conceito de responsabilidade material que, no fundo, está em tudo aquilo que somos e fazemos, mas que está muito mais naquilo que permite que o mundo se mova - o "dinheiro" - e que nos move!

Abri um pouco mais os olhos e dei conta, de hoje em diante estás mais pobre, pelo menos materialmente, agora resta-te um percurso sinuoso e com perspectivas de tudo o que aí vem ter de ser feito e pensado sobre o factor low-cost, sempre em mente. Porque ao contrário do que te acontecia até ontem tudo o que fizeres hoje terá um forte impacto no teu amanhã...

Mas certo de que cada experiência que adquirirei doravante será vivida de forma única e trará à minha vida experiências que, espero, serem únicas e inexplicáveis.

Desculpem o tom deste post. Nota-se que estou demasiado preso ao que foi, preciso de pensar no que será...

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