domingo, 25 de janeiro de 2009

ERRANTES

Muitos perguntam:

porquê escolher um caminho errante?
porquê agora?
qual o motivo?
qual a razão?
neste momento de crise?

Para estas perguntas não há uma resposta. Há um sentimento...pegar numa bicicleta e pedalar por Portugal e pelo mundo, assim como peguei numa mochila coloquei às costas e parti pela Europa! Sem apoios, sem fundos, sem nada, apenas curiosidade!

Outras perguntas semelhantes vêem necessariamente "agarradas", mas o mais curioso é que há um sentimento sempre associado a cada pergunta que é feita - estupefacção! Como que dizendo - não pode ser, deve ser louco...como quando alguém quebra aquilo que são os padrões de uma sociedade fútil, como a nossa, como se estes fossem superiores e nos impelissem para uma obrigatoriedade de seguir o padrão que todos seguem, por isso, lhe chamamos de forma redutora - padrão!

Ao contrário do que possa parecer adoro a nossa sociedade tal como é e não luto contra ela quando parto, apenas parto para lutar contra mim, para conhecer, para encontrar caminhos, pessoas, para perceber quais os limites, quais os objectivos, as certezas e os padrões de outras culturas.

Apenas posso dizer-vos que adoro e gosto de partir! Sei que pode parecer um preciosismo, um luxo partir deixando tudo para traz. Mesmo que esse tudo seja deixar uma vida estabilizada, logo, claro está, padronizada!

Garanto-vos que não o faço abastado, para ficar em locais de luxo, a procurar conhecer sociedades, culturas, locais imbuídos de um espírito quadrado e virado para o que é material. Procuro conhecer as gentes que me passam pela frente sejam muito ou pouco abastados atrai-me, isso sim, conhecer Pessoas, os amigos, as vidas que passam por nós a cada momento quando se parte numa aventura destas, assim como me apraz encarar cada pedalada como mais uma que se dá para apreciar a vista, vista de uma janela que são, nada mais que os meus olhos...e enquanto puder e se puder contar convosco que me lêem, pois, sinto-me feliz!

Não sei se se trata de uma questão pessoal que subsiste e existe em pessoas individuais, dentro desta diversidade à escala planetária, ou se se trata de um simples Estado de espírito. Mas, com certeza não há uma razão...simplesmente há!

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