sexta-feira, 11 de setembro de 2009

MONOTONIA FUTURA

Tinha acabado a minha ida ao sul do nosso pequeno país e começara a fazer novas leituras, uma dessas resultou nesta publicação.

(“…grau de monotonia da minha vida futura…”, frase de William Sutcliffe, no seu livro “A viagem da minha vida: De Mochila ás Costas pela Índia”, era a epígrafe que se pretendia título deste post, mas por razões de “logística" e de palavras, resumi para "Monotonia Futura". Assim sendo, veremos sobre o que esta versará.)

Será que ainda sei escrever (se é que alguma vez soube)? Que consigo ser pouco confuso (duvido)? Que consigo escrever um texto sem referir a palavra viajar e sem subentender o tema (pimba, já quebrei a regra, porque já escrevi!)?

Há algum tempo que tento perceber várias coisas (todos tentamos!): a razão que me leva a não olhar a meios, a não pensar no desperdício do que fica, a permanecer desencontrado e, até hoje, continuo, a não conseguir dar uma resposta sensata a estas e a muitas outras questões.

Estará aqui inerente uma razão associada, será a fuga de tudo, um amor mal esquecido, uma vontade de desresponsabilização de tudo, uma frustração permanente? Tudo são questões plausíveis, mas…qual aquela que, verdadeiramente, responde a todas estas indagações?

Não há! Lamento desiludir-vos.

Talvez o (ou não) grau de monotonia da minha vida futura?

Enfim, quando olho para ontem, na minha, ainda, pequena passagem por esta arena, sinto que não vivi o suficiente, ou que aquilo que vivi não corresponde àquilo que idealizei e, talvez, por isso, pretenda quebrar toda e qualquer semelhança com monotonia passada, mas latente, incipiente, duradoura no tempo, logo, quando nela penso, não hesito. Quando olho para hoje, penso vivê-la ao máximo – Carpe Diem é a expressão! Será?– ou devo parar para reflectir sobre o que mudar em mim. E quanto ao futuro? Esse, não o consigo perspectivar, só o consigo imaginar ofuscado, junto, com filhos, família e responsabilidades profissionais, por outro lado imagino-o solitário, solteiro, sem grandes responsabilidades (apenas uma e enorme!), como vem sendo habitual. Concretizando, uma "faca de dois gumes"!

Qual será o rumo? Seguirei o caminho da monotonia? Ou...?

Talvez na Índia possa estar a resposta que procuro!

Tenho, contudo, que vos confessar que me assusta sentir que a minha vida possa tornar-se monótona no futuro, mas quem sabe?

3 comentários:

Anónimo disse...

Qual será o rumo?
Essa é a questão que todos nos colocamos, mais cedo ou mais tarde, no decorrer das nossas vidas, por vezes até mais do que uma vez (é o mais certo...). E a resposta é realmente uma incógnita. A verdade é que temos sempre 2 opções, e o que nos faz optar por uma em detrimento da outra é a velha questão. Daquele momento achamos que era o melhor para nós. Podemos mudar de ideias, mas cá por mim não me costumo arrepender das minhas decisões. Se decidi isto ou aquilo é porque naquele momento achei que erao melhor para mim. Se acabou por não ser, paciência, aprendi certamente alguma coisa com isso, não foi portanto uma decisão em vão.
Na Índia ou aqui, a resposta vai surgir, no momento certo apenas, não vale a pena pressionar nem tentar antecipar. A resposta aparece quando menos esperamos!
E nesse momento, a certeza é tão grande que nada mais te impede de concretizar o que agora tens a certeza que é o rumo certo!
Quando esse momento chegar, partilha-o connosco!
Fica bem!

Anónimo disse...

Amigo recebe este abraço com saudade
FB

Aubigné disse...

Grande Abraço FB,

Espero que esteja tudo bem? Já director?

Aos amigos, amigas e colegas que deixei na Multipessoal, B&A.